quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Einstein's Letter

Tradução para inglês, feita por Joan Stambaugh, do original alemão de parte de uma carta que Albert Einstein escreveu de Princeton, em Janeiro de 1954, ao filósofo alemão Eric B. Gutking, a propósito do livro "Choose Life: The Biblical Call to Revolt" que este filósofo havia publicado em 1952.

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«… I read a great deal in the last days of your book, and thank you very much for sending it to me. What especially struck me about it was this. With regard to the factual attitude to life and to the human community we have a great deal in common.

… The word God is for me nothing more than the expression and product of human weaknesses, the Bible a collection of honourable, but still primitive legends which are nevertheless pretty childish. No interpretation no matter how subtle can (for me) change this. These subtilised interpretations are highly manifold according to their nature and have almost nothing to do with the original text. For me the Jewish religion like all other religions is an incarnation of the most childish superstitions. And the Jewish people to whom I gladly belong and with whose mentality I have a deep affinity have no different quality for me than all other people. As far as my experience goes, they are also no better than other human groups, although they are protected from the worst cancers by a lack of power. Otherwise I cannot see anything ‘chosen’ about them.

In general I find it painful that you claim a privileged position and try to defend it by two walls of pride, an external one as a man and an internal one as a Jew. As a man you claim, so to speak, a dispensation from causality otherwise accepted, as a Jew the priviliege of monotheism. But a limited causality is no longer a causality at all, as our wonderful Spinoza recognized with all incision, probably as the first one. And the animistic interpretations of the religions of nature are in principle not annulled by monopolisation. With such walls we can only attain a certain self-deception, but our moral efforts are not furthered by them. On the contrary.

Now that I have quite openly stated our differences in intellectual convictions it is still clear to me that we are quite close to each other in essential things, ie in our evalutations of human behaviour. What separates us are only intellectual ‘props’ and ‘rationalisation’ in Freud’s language. Therefore I think that we would understand each other quite well if we talked about concrete things. With friendly thanks and best wishes

Yours, A. Einstein»

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Descoberta que contradiz teoria de Einstein intriga cientistas.

Lá vamos nós com mais uma "notícia" fantástica que derruba o coitado do Einstein (estão tentando derrubar ele desde 1905!)

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Cientistas estão intrigados pelos resultados obtidos por cientistas do Centro Europeu de Investigação Nuclear (Cern, na sigla em francês), em Genebra, que afirmaram ter descoberto partículas subatômicas capazes de viajar mais rápido do que a velocidade da luz.

Neutrinos enviados por via subterrânea das instalações de Cern para o de Gran Sasso, a 732 km de distância, pareceram chegar ao seu destino frações de segundo mais cedo que a teoria de um século de física faria supor.

fonte: BBC.
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Como se pode ver temos mais uma notícia bombástica no mundo da Ciência. Mas o problema com este tipo de notícia, do meu ponto de vista, é que o comportamento destes ditos "cientistas" está errado.

Como deve proceder um verdadeiro cientista? Este deve submeter sua pesquisa à um Periódico de sua área, com revisão por pares, para ver se tal pesquisa possui valor científico para posterior publicação. Sendo um trabalho de inegável mérito científico tal trabalho será publicado e avaliado pela comunidade científica.

Notem que eu não disse nada a respeito sobre se a pesquisa deve estar certa ou errada. A pesquisa científica tem caráter essencialmente exploratório de forma que seus resultados estão na fronteira do conhecimento.

O que se pede para um cientista é que ele tenha cuidado com a sua pesquisa e por isso a exigência da revisão por pares dos periódicos científicos sérios. Qualquer falha de argumentação ou no experimento propriamente dito terá maior probabilidade de ser descoberta se a pesquisa for analisada por um grupo isento de pesquisadores da área - isso é a famigerada revisão por pares.

Esse procedimento não é perfeito, obviamente, mas é o que melhor dispomos para avaliar qualquer pesquisa científica séria.

Passado por todo esse processo, tendo sua pesquisa publicada, aí sim o pesquisador pode ir às reportagens dos jornais leigos, ou sensacionalistas, e abrir a boca para contar as suas façanhas.

Lendo o artigo da BBC acima não me parece que foi esse o procedimento adotado. Tal grupo de pesquisadores foi direto aos jornais alardearem seus resultados que ainda estão sob análise, se é que tal trabalho foi submetido a algum periódico sério.

Interessante é que no final da reportagem está escrito o parágrafo:

Entretanto, os cientistas entendem que erros sistemáticos, oriundos, por exemplo, das condições em que o experimento foi realizado ou da calibração dos instrumentos, poderia levar a uma falsa conclusão a respeito da superação da velocidade da luz.

Importante ou não o dito acima? Só esse fato já seria o suficiente para eles ficarem quietos e aguardarem a revisão. Mas não! Foram aos jornais mostrar que derrubaram Einstein...

Não quero dizer com isso que o resultado é impossível, longe disso! Só não concordo com o procedimento adotado por este grupo que fere o rigor da ética científica.

Para aqueles que se interessam por Ciência (não consigo acreditar que exista alguém que não se interesse) qualquer fato novo descoberto a respeito da natureza é maravilhoso. Caso o tal grupo de cientistas esteja certo isso não implicará em humilhação para o trabalho de 1905 do Einstein. Esse fato mostrará simplesmente que a Teoria da Relatividade Especial é uma teoria aproximada da natureza, assim como a Gravitação Universal Newtoniana, derrubada pela Relatividade Geral em 1915, mas utilizada até hoje para calcular as órbitas dos corpos celestes, em primeira aproximação.

Entendamos como a Ciência funciona e vamos deixar de lado as notícias espalhafatosas e, muitas vezes, estapafúrdias.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Uma questão de risco.

Atendendo a pedidos segue um link sobre o problema nuclear Japonês.

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O acidente na usina nuclear Fukushima Daiichi, no Japão, despertou pânico na população japonesa e confusão no mundo, não apenas pela ameaça de contaminação radioativa, mas também pelas informações contraditórias divulgadas pela imprensa. Para sanar dúvidas, o biólogo Jean Remy Davée Guimarães, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, retorna ao Estúdio CH.

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Clique aqui e informe-se sobre o assunto.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Um VIVA às mulheres!




Quem não gosta de mulher?

Quem acha que toda mulher é burra e fútil?

Para os misóginos de plantão eu lhes ofereço Marie Curie!

Há 100 anos, em 1911, a genial Cientista (Física) Polonesa ganhava o Prêmio Nobel de Química (sim, ela era Física mas ganhou o Nobel de Química pois é tudo Ciência no final das contas) por seus trabalhos com Radioatividade. Tais trabalhos levaram-na à descoberta de novos elementos químicos, o Polônio (era ela Polonesa, lembram-se) e o Rádio.

Mas isso não é tudo. Este prêmio Nobel não foi o primeiro de Madame Curie. Foi o segundo, pois em 1903 ela havia sido laureada juntamente com o maridão, Pierre Curie, e com o Físico francês Henri Becquerel pelos estudos sobre radioatividade espontânea.

Madame Curie foi pioneira em muitas outras frentes. É até hoje a única pessoa a receber duas vezes o Nobel em áreas diferentes da ciência. Foi a primeira mulher doutora em ciências físicas, a primeira professora universitária da França e coordenadora de um laboratório no país e a primeira a ganhar uma cátedra na Universidade de Sorbonne. “Suas descobertas inquestionáveis transformaram duas áreas, a física e a química”, observa o físico Vanderlei Salvador Bagnato, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), de São Carlos.

É pouco ou que querem mais?

Para aqueles que só se lembram de homenagear as mulheres no desprezível "dia internacional da mulher" deixo aqui a minha homenagem à uma mulher fantástica - Marie Curie - como demonstração do meu respeito pelo dito "sexo frágil" que, pelo exposto acima, nos mostra que de frágil não tem nada.

Leiam mais sobre Madame Curie aqui.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Leitura é indispensável!

Professor defende que a leitura é essencial para se formar um bom aluno em química.

Eu defendo ainda mais: LEITURA É ESSENCIAL PARA A FORMAÇÃO DE QUALQUER CIDADÃO.

Leia matéria na Ciência Hoje clicando aqui.

Comentário sobre o Carnaval.

Tá bom. Sei que o assunto não é Ciência, que é o tema principal deste blog.

Mas é difícil não aplaudir este Editorial da Jornalista (com Diploma!) Rachel Sheherazade.

Veja o vídeo e discorde se for capaz!

Clique aqui.

Quando o professor aprende

É o título desta reportagem/entrevista da Ciência Hoje com a pesquisadora Zahava Scherz do Instituto Weizmann, de Israel.

Mais uma vez o Professor é colocado na berlinda e a ele é transferida a culpa pelo fracasso educacional observado mundo afora atualmente, principalmente no ensino de Ciência.

Não que o Professor não precise se reciclar, aprender conceitos novos, se atualizar. Isso é obrigação de cada Profissional da Educação! O que me irrita profundamente é o fato de a classe de Professores que chamo de "Verdadeiros" serem confundidos com aventureiros que entram na vida acadêmica para "ganhar um troco". Este é o problema real. Muitos ditos "professores" de hoje simplesmente não são professores! Por isso é que a Educação virou esse lixo que nos acostumamos a ver e o pior, a aceitar.

Nada do que esta senhora diz é novo para Profissionais da Educação sérios e comprometidos com a sua Profissão.

Quem quiser ler "mais do mesmo" visite a página da Ciência Hoje clicando aqui.